Em uma pesquisa recente e ampla, Sonja Lyubormisky, Professora Ph.D. na Stanford University, que tem dedicado a maior parte da sua carreira ao estudo da felicidade humana, concluiu que: “a felicidade depende 50% de tendências genéticas, 10% de circunstâncias e 40% de atividades intencionais”. Sou estudiosa da Psicologia Positiva e levo este conceito nas minhas palestras. A pesquisa de Sonja nos dá 40% de controle sobre a felicidade, eu considero um percentual significativo. O que é felicidade? Desde a antiguidade clássica a felicidade tem sido tema de debates e reflexões filosóficas e religiosas. Eu gosto do conceito simples que li no livro, Como Ser Feliz de Liggy Web: “a felicidade é aquilo que sentimos quando nossa vida está boa e confortável. Ela engloba uma série de sentimentos, que vão desde o simples contentamento a uma profunda alegria, e até mesmo à excitação. Felicidade é sentir-se bem.”

 A Psicologia Positiva aponta um novo caminho na busca pela felicidade. Até pouco tempo atrás a sessão de terapia era vista como um lugar onde as pessoas iam para consertar o que havia de errado com elas. De fato, por mais de 60 anos, a psicologia trabalhou com o “modelo de doença”, dedicando-se, em grande parte, a fazer com que compreendêssemos o que nos faz infeliz, no intuito de tentar remediar. A Psicologia Positiva é um movimento científico que redefiniu e expandiu o campo da Psicologia. Iniciou em 1998, quando o psicólogo Martin Seligman, conhecido mundialmente por suas pesquisas sobre depressão e otimismo, foi eleito presidente da Associação Americana de Psicologia (APA). Nesse ano, Seligman pronunciou e escreveu sistematicamente artigos sobre a necessidade de mudança no foco das contribuições da Psicologia, da doença mental para as motivações, capacidades e potenciais humanos. Seligman ressalta que a Psicologia não é apenas o estudo da fraqueza e do dano, mas também o estudo das forças e virtudes humanas. Tratar não significa apenas consertar o que está com defeito, mas também cultivar o que temos de melhor. Para fundar este movimento científico, que chamou de Psicologia Positiva, Seligman convidou o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, autor da teoria das experiências ótimas de fluxo na consciência (FLOW), e que há mais de 3 décadas pesquisa estados mentais positivos, como felicidade, motivação e criatividade.

Foi pensando exatamente nesse poder de transformação que Martin Seligman, criou a fórmula da felicidade – “PERMA” – onde ele cita cinco elementos essenciais para atingir o verdadeiro bem-estar:

*Emoções positivas como paz, gratidão, inspiração e prazer.

*Compromisso e engajamento com situações, atividades e tarefas.

*Relacionamentos positivos com aqueles que nos rodeiam.

*Significado ou propósito, ao ir em busca de algo que é maior do que nós mesmos.

*Realização ou conquista de um objetivo.

Quais são os benefícios da felicidade?
Indivíduos felizes são mais criativos, generosos, autoconfiantes, tem mais autocontrole, e mostram maior capacidade de auto regulação e de enfrentamento de situações adversas. A felicidade de fato tem inúmeros subprodutos positivos, que beneficiam não apenas os indivíduos, mas as comunidades e a sociedade em geral. Os benefícios da felicidade incluem maior renda, maior produtividade e qualidade no trabalho, relações afetivas e sociais mais fortes e duradouras, mais amigos, mais atividades, saúde física e vida mais longa.

Tenha em mente que a felicidade é o ponto de partida e a meta de chegada.

Agradecimentos  à Palestrante Comportamental e Motivacional
Carla Galo
www.carlagalo.com.br