A Aids foi identificada pela primeira vez em 1981. Entretanto, dados mostram que a enfermidade é um pouco mais antiga. A doença apareceu a partir de um vírus chamado SIV, presente no sistema imunológico dos chimpanzés e do macaco-verde africano. O SIV é um vírus altamente mutante que poderia ter provocado o HIV que é o vírus da Aids. O SIV2 está presente no macaco-verde e é uma versão mais frágil do poderoso SIV1 que vêm dos chimpanzés.
Segundo *Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo: “É provável que a transmissão para o ser humano, tanto do HIV1 quanto do HIV2, aconteceu em tribos da África Central que caçavam ou domesticavam chimpanzés, ou macaco-verde”. Não se sabe as datas das primeiras transmissões, acredita-se que foram por volta dos anos 1930.
A infecção pelo vírus HIV apresenta inicialmente os seguintes sintomas:
- Dor de cabeça;
- Febre baixa;
- Cansaço excessivo;
- Ínguas (gânglios) inflamadas;
- Garganta inflamada;
- Dor nas articulações;
- Aftas ou feridas na boca;
- Suores noturnos;
- Diarreia.
E os sintomas da Aids são:
- Febre alta constante;
- Suores noturnos frequentes;
- Manchas vermelhas na pele, chamadas de Sarcoma de Kaposi;
- Dificuldade para respirar;
- Tosse persistente;
- Manchas brancas na língua e boca;
- Feridas na região genital;
- Perda de peso;
- Problemas de memória.
Importante lembrar que a Aids é a doença consumada e o HIV é somente o vírus.
No mundo
A Aids ficou bastante conhecida no mundo quando em 1991, o jogador de basquete norte-americano Magic Johnson contraiu a doença.
No Brasil
No Brasil o primeiro caso de Aids foi relatado em 1982. no ano de 1985, quando o país retornava à democracia apenas quatro casos haviam sido registrados. No ano seguinte o Ministério da Saúde lançou as bases para o Programa Nacional de Controle da Aids. E a partir disso, cientistas e membros de organizações da sociedade civil passaram a estar atentos em relação á doença.
O ano de 1990, foi um período onde mais de dez mil novos casos foram registrados e o Banco Mundial estimou que o Brasil teria 1,2 milhão de infecções até o ano 2000. No entanto, em 2002, havia menos de 600 mil infecções estimadas, menos da metade da previsão do Banco Mundial.
Público
Já em 1992, o programa foi reorganizado com mais articulação entre governos e ongs. Apesar dos tratamentos para amenizar os malefícios terem evoluído bastante desde a sua descoberta, possibilitando que a pessoa portadora da Aids tenha a chance de conviver com a doença durante a vida tomando os remédios corretamente, mas ainda é um problema muito grave que deve ser prevenido, pois, ainda não existe cura.
Formas de prevenção:
– Usar sempre preservativo nas relações sexuais. A camisinha é a forma mais eficaz de evitar o contato com o sangue e por consequência, evitar o vírus HIV e as chamadas DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis);
– Procurar locais frios e secos para guardar o preservativo;
– Usar sempre seringas e agulhas descartáveis para evitar o contágio pelo sangue;
– Tomar cuidado com transfusões de sangue;
– Realizar os exames pré-natal o mais cedo possível, no caso das mulheres;
– Realizar o exame da Aids periodicamente.
Cuidados com o preservativo:
– Verificar a data de validade na embalagem;
– Abrir a embalagem com cuidado, não usar os dentes para não furar a camisinha;
– Usar somente lubrificantes à base de água, evite utilizar vaselina e outros produtos que contenham óleo;
– Colocar o preservativo somente quando o pênis estiver ereto;
– Desenrolar o preservativo até a base do pênis, mas antes é bom apertar a ponta para retirar todo o ar e não rasgar durante o ato sexual;
– Retirar o preservativo após a ejaculação e fechar a abertura com a mão para que o esperma não vaze;
– Jogar o preservativo no lixo, pois não é reaproveitável.
Campanhas de combate
Frequentemente o Ministério da Saúde realiza campanhas preventivas contra a doença e é importante ficar atento nas dicas. Um exemplo é a campanha do Carnaval de 2018 que tinha como slogan “Vamos combinar? Prevenir é viver a festa”. Que alertava os foliões que sexo sem camisinha não combina.
Por Gabriel Ábalos
*Jacyr Pasternak, foi entrevistada pela Revista Super Interessante:
Outras fontes: https://www.tuasaude.com/primeiros-sintomas-da-aids/https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_imunodefici%C3%AAncia_adquirida