CONSCIÊNCIA NEGRA – O QUE APRENDER COM TOLERÂNCIA

O Dia da Consciência Negra é uma grande oportunidade para pensar por qual caminho a sociedade escolhe ir quando uma das palavras-chave é ser tolerante com o outro. O respeito em todos os setores da humanidade deveria ser uma ideia em comum. É pela falta de compreensão de uns com os outros que, desde os tempos da escravidão, os negros foram obrigados a trabalhar sem nenhum tipo de dignidade. É necessário pensar que o dia 20 de novembro está longe de ser uma data qualquer, mas como um momento para refletir a posição dos negros na sociedade. Esse dia não deve ser lembrado como mais um feriado e sim, como um momento de reflexão e de mudança imediata na forma de pensar, sentir e agir de quem não respeita o próximo.

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Preta Vani, como é conhecida no meio artístico, defende com muita força os direitos dos negros no que tange à igualdade de oportunidades em relação às outras raças e a não discriminação racial contra os negros. Veja abaixo o que ela responde quando perguntada o que representa o Dia da Consciência Negra: “É a representatividade de uma cultura que vai além de um massacre estrutural, isso vem desde a escravidão”.

Em um outro trecho da conversa, Preta Vani lembra dos homenageados e diz: “Esse dia é para homenagear líderes que transformaram a história de um povo, de várias nações, é o resgate de uma ancestralidade em movimento, para firmar e honrar costumes para nossos descendentes e lutar por direitos iguais e respeito”.

Dando continuidade a conversa, Preta Vani é categórica ao abordar o tema da discriminação contra sua raça dizendo: “O preconceito contra o povo negro culturalmente, religiosamente, fisicamente, é uma questão que vem desde a África”. Para ela, nada mudou, apenas foram transformados cenários, pessoas, formas de insultar e destruir quem é de pele negra.

Em um último momento da entrevista, a artista ainda faz uma afirmação: ”A mudança está em cada um. O empoderamento e leis do povo negro já são a mudança. A sociedade só tem que entender que somos uma grande população e os nossos ancestrais nos criaram para não desistir do que nos pertence”

Fica aí a ponderação. A mudança está em cada um de nós. Reflita e respeite mais.

Por: Gabriel Ábalos