CULTURA – BREVE HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO

Cinema post
O cinema provavelmente surgiu em 28 de dezembro de 1895, em Paris, na França, por intermédio dos irmãos Lumiére. Nessa data, os dois parceiros divulgaram o invento que foi chamado por eles de cinematógrafo. Com essa descoberta foi veiculada uma apresentação, e a partir daí, nasce o que podemos chamar de origem do cinema.

O cinema no mundo então surge como grande fonte de difusão cultural e de entretenimento do planeta.

No Brasil, o cinematógrafo aparece logo com Affonso Segretto. Ele era imigrante italiano e filmou cenas do porto do Rio de Janeiro, assim tornou-se nosso primeiro cineasta, em 1898. Daí para frente, um imenso mercado de entretenimento é montado em torno da capital federal. O cinema vinha com tudo, atendendo uma grande clamação da população brasileira por diversão.

O Cinema Falado

Nos anos 1930, começa o cinema falado, já concorrendo com a forte distribuição do indústria norte-americana, concorrência esta que irá se acirrar ao longo do tempo. Nessa época destacam-se figuras como Humberto Mauro, autor de “Garganta Bruta” (1933) – o filme mostra uma crescente sofisticação da linguagem cinematográfica e as “chanchadas” (comédias musicais com populares cantores do rádio e atrizes do teatro de revista). Outras produções interessantes são, Alô, Alô, Brasil (1935) e Alô, Alô, Carnaval (1936). Todos esses filmes caem no gosto popular do brasileiro e revelam mitos do cinema no país. Exemplo disso é a cantora Carmen Miranda, um símbolo da época. Com a criação do estúdio Vera Cruz, o Brasil passa por um momento em que se vê realizado o sonho de muitos cineastas brasileiros. Eles passam a poder desenvolver produções cinematográficas mais sofisticadas. O filme “ O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, feito nesse estúdio que viria a falir em 1954, ganha o prêmio de “melhor filme de aventura”, no Festival de Cannes.

O Cinema Novo

A sequência dos fatos aponta para a criação do Cinema Novo, divulgado para o mundo inteiro. Diz a cronologia que no início da década de 1960, um grupo de jovens cineastas começa a realizar uma série de filmes com fortes temáticas sociais. Entre esses garotos, está Gláuber Rocha, cineasta baiano e símbolo do Cinema Novo. Diretor de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), Rocha torna-se uma figura conhecida no meio cultural brasileiro, redigindo manifestos e artigos na imprensa e rejeitando o cinema popular das chanchadas. Defendia a transformação social e política. Assim começava a internacionalização de vários diretores de cinema brasileiro que ganhavam notoriedade e admiração. Esses são os casos de Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e outros da época.

Os anos de 1964 foram tempos em que se produziram muitos filmes críticos ao regime militar para isso usavam-se muitas metáforas a fim de fugir da censura imposta no período. A geração “udigrudi”, como era conhecida, (em referência ao termo norte-americano underground, utilizado ironicamente, viu destacar-se, além de Gláuber Rocha, diretores como Rogério Sganzela, com o filme “O Bandido de Luz Vermelha” (1968) e Júlio Bressane, este dono de um estilo personalíssimo. Esta época também foi a do encontro do público com as comédias chamadas de “pornochanchadas”.

Em 1974, é criada a Embrafilme, empresa voltada para o cinema que viria a ser extinta em 1990. Antes do seu desaparecimento, uma das produções importantes foi “Dona Flor e Seus dois Maridos (1976), de Bruno Barreto e também “Pixote, A Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Babenco.

Após um declínio da produção cinematográfica nacional, com o Governo Collor, privilegiando filmes estrangeiros, o cinema brasileiro se reergue. Esse período é conhecido como “Retomada” do cinema no Brasil. Em pouco tempo, três filmes são indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, são eles “O Quatrilho” (1995), “O que é isso Companheiro” (1997) e  Central do Brasil, (1998). Ainda se destaca Carlota Joaquina, de Carla Camuratti.

Fica o histórico feito para vocês, Gigi.