Maternidade – Uma mãe de primeira viagem

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Contrariando números de maternidade mundial, as mulheres brasileiras, vem tendo menos filhos em relação à média no mundo. De acordo com a pesquisa Saúde Brasil, do Ministério da Saúde, desde 2005 a taxa de fecundidade no país é de 1,77 filhos por mulher. O número vai na contra mão da média do resto do planeta que nessa época era de 2,1.
A tendência é que os dados se estabilizem ou até aumentem no Brasil em 2014. Outro dado interessante divulgado pelo estudo é o de que quanto maior a escolaridade das brasileiras, mais tardia é a maternidade. A carreira profissional tem sido prioridade para muitas delas, o que leva a ter filhos com 30 anos ou mais.
Em contraposição a esses números, hoje trago para nossos leitores ou leitoras principalmente, uma entrevista que fiz com Maria Kubrusly Imbroisi Uehara. Casada com Luiz Uehara e mãe de dois filhos, Pedro e Alice. Ela aceitou responder com muita classe e humor as questões que fiz a ela. Como foi pedido Maria fala mais sobre seu primeiro filho, Pedro. Vale conferir.

Antes da gestação da criança, existe a gestação do desejo de ser mãe. Como foi isso para você?

Eu sempre quis ser mãe, desde sempre! Mas o desejo começou a se concretizar mais depois que casei com o Luiz. Aí era certeza, pois ele também queria ser pai!
Dois anos após o casamento eu já estava com muita vontade de ser mãe e pensava muito nisso. Pensava tanto que às vezes até chorava, e foi nessa fase, de tristeza e desejo intenso de ser mãe, que descobri que estava grávida! De certa forma foi um alívio!

Como é ter o bebê nos braços pela primeira vez?

Sufoca! Era um amor tão intenso e desconhecido que eu não sabia como lidar com aquele sentimento todo, que tomou conta de tudo! É como se eu estivesse num mundo paralelo, numa outra realidade! É indescritível, uma emoção sem tamanho! Dá vontade de rir, de chorar! É uma mistura de sentimentos!

Quais as expectativas, medos que conviveram durante a gestação?

Eu tinha muito medo de perder o bebê, embora eu não tivesse nada que indicasse esse risco, era tipo um fantasma que me assombrou durante os quatro primeiros meses. Depois disso acho que meu maior medo era do parto em si. A yoga me ajudou muito a controlar essa ansiedade toda.

Que surpresas os filhos vão trazendo para os pais?

Eu me encanto com meus filhos, pois eles têm características que são próprias deles. A gente idealiza muito os filhos quando está grávida e na vida real eles são o que são! E isso nos surpreende!
O Pedro, com 2 anos e meio, fala coisas que eu nem imagino da onde ele tirou! Faz brincadeiras com as palavras, caras engraçadas! Algumas vezes nos imita, outras vezes são coisas que ele traz do repertório da vida dele!

Quanto se aprende com os filhos? Você reconhece que há uma troca?

Eu aprendo todos os dias com meus filhos. Há claramente uma troca. Às vezes acho que eu aprendo mais com eles do que eles comigo! Aprendo a respeitar mais o tempo das pessoas, a entender que cada um tem suas limitações. Aprendo a ser uma pessoa muito mais paciente, tranquila. O Luiz, meu marido, aprendeu a comer frutas e verduras por causa das crianças!

Como vai se consolidando o triângulo familiar pai-mãe-filho?

O triângulo vai ganhando forma com o tempo. Não é fácil lidar com essa mudança na configuração da família, que antes era apenas de dois adultos e agora tem uma criança que interfere nessa relação. É muito importante que os pais tenham uma relação sólida para não se perderem com a chegada do bebê. Aos poucos as coisas vão se encaixando no lugar e tudo vai ficando mais simples.

Espero que tenham gostado.

Fonte: Correio Brasiliense

Até mais, Gigi