Mulheres inteligentes têm sucesso e também amor

Mulheres inteligentes tem sucesso e tambem amor

Alerta geral: mais e mais mulheres estão pensando que precisam escolher entre uma carreira de sucesso e o amor. Tanto acham que parecem lidar muito melhor com os desafios profissionais do que com a vida amorosa. Afirmam ser mais fácil bater as metas da empresa, resolver problemas de clientes e patrões… do que ter companhia para saborear um vinho na sexta à noite, dividir o balde de pipoca e esquentar a cama. Por quê? E precisa ser assim? Se essas mulheres forem só carreira chegarão lá na frente inteiras?

Em meu primeiro livro Mulheres de Sucesso Querem Poder… Amar (lançado pela Editora Gente), levanto os principais efeitos colaterais, já visíveis hoje, desse desequilíbrio atual com a vida pessoal. Um deles é a libido em baixa — queixa de 30% das mulheres, segundo experiência clínica dos ginecologistas. Pudera…  Como se desligar dos problemas do escritório? Cadê a feminilidade e a sensualidade perdidas num mar de stress? E o receio das mais poderosas de mostrar seu lado frágil, sensível, vulnerável?

As mulheres também estão com dificuldade de sonhar. Numa pesquisa de tendências do comportamento feminino, as respostas de 200 mulheres consideradas inovadoras para a pergunta “Quais são seus sonhos?” eram só sobre… carreira. E ainda tem a moda dos amores líquidos, que a meu ver está ligada ao medo de correr riscos, principalmente o da rejeição e o de ficar com um homem aquém dela em vários aspectos, e à pouca tolerância a dor. Só que nem em filme de Hollywood se vê relacionamento a dois sem dor. Fortalecendo a base com amor e temperando com curiosidade, o casal suporta melhor as inevitáveis situações difíceis e sai do outro lado do túnel ainda mais unido. Fórmula testada e aprovada no meu casamento, que já dura 15 anos.

E como fica o homem diante dessa parceira tão, tão, tão tanta coisa junto? Muitas de nós acham que eles ainda preferem a sonsas. Mas não é isso. Cresce o número de machos com orgulho de ter uma mulher bem-sucedida, desde que ela não os humilhe nem passe a tratá-los como empregados, coisa que não são. Entrevistei um que me perguntou: “Tínhamos uma série de expectativas a cumprir, como ser forte e prover a casa. Tiraram isso, sobrou o quê? Só louça para lavar?” No livro, mostro que eles estão apavorados com as altíssimas exigências da mulher moderna e procurando se adaptar a seu novo papel, que é o de cuidador da relação, cúmplice nas ambições de carreira da parceira, companheiro para todas as horas.

Não menos importante é acordar para o fato de que caminhamos para um horizonte mais unissex, pois as diferenças comportamentais entre os gêneros estão diminuindo. Entre os impactos no cotidiano amoroso, destaco no livro este: é novidade para a tropa de saias lidar com choro de homem, liberado por um novo tipo que vem fazendo sucesso, o “fofo”.

Tudo isso e um pouco mais é o que discuto em meu primeiro livro sobre o dilema carreira versus amor. Como mulher e jornalista especializada em comportamento feminino há 23 anos, quero incentivar outras mulheres a repensar continuamente sua vida amorosa e profissional, em busca de novos significados e combinações de cores. E, melhorando a vida das mulheres, melhora-se também a dos homens. Todos saem melhores do que antes — ou pelo menos deveria funcionar assim.

A verdade é que nunca foi tão bom — e tão difícil — ser mulher e alerto para a sedução que o poder exerce na paralela do perigoso distanciamento das relações de afeto. Digo isso com base em pesquisas, dados, fatos, impressões, ansiedades e conquistas femininas que acumulei na minha jornada como jornalista das mais importantes revistas femininas do país. E indico 6 mudanças de atitude que certamente ajudam a alavancar a vida amorosa já:

  1. ABANDONAR A CAPA DE SUPER E AGIR COMO UMA MULHER ADULTA;
  2. DECIFRAR O HOMEM DE HOJE;
  3. ACHAR TEMPO E ENERGIA;
  4. DIMENSIONAR SEUS PLANOS E AÇÕES PARA CABER AMOR;
  5. CULTIVAR DESEJO E CRIAR SUA ASSINATURA ERÓTICA;
  6. TER VÍNCULO E CUMPLICIDADE COM ELE PARA AJUDAR NA SUA CARREIRA.

Sei do que estou falando porque, além de entrevistar mulheres e experts em comportamento feminino por mais de 20 anos, sou mulher, profissional, esposa e mãe. Ou seja, sou o meu melhor exemplo de que é possível realizar-se na carreira e no amor, com todas as implicações. Partilho aqui algumas histórias minhas e de leitoras das revistas femininas nas quais trabalhei. Elas são tão divertidas quanto verdadeiras:

* Fazia supermercado, numa brecha de 20 minutos entre levar o filho na escola e ir para o trabalho, quando fui atacada por fruta do conde, margarina… Passava as compras pelo caixa quando uma mulher na fila ao lado cismou que a funcionária olhava feio para ela e começou a atirar os alimentos da sua cesta na coitada. Que abaixou a cabeça. Em quem pegou? Moi. De costas, só vi uma fruta-do-conde batendo na minha coxa, a margarina nas costas… A mulher gritava, xingava a outra, que foi levada para o fundo do mercado. Não entendi nada. Só sei que tive de voltar para casa e vestir outra roupa. Quanto stress, logo de manhã! Se a moda pega, vai ter guerra de fruta-do-conde por aí.

* Duas histórias de leitoras que acabaram em gargalhadas, mas, ok, rir é sexy. História um: pensando em deixar o namorado em chamas, uma leitora foi à casa dele vestindo só um casacão e sandálias de tiras altíssimas. Não sabia que os pais do moço haviam chegado do interior para visitá-lo. Ela passou o jantar suando em bicas e recusando a oferta do sogro para guardar o casaco. História dois: o marido tinha a fantasia de pegar a esposa numa esquina e fingir pagar por sexo. Ela topou, mas as profissionais não gostaram da concorrência no ponto delas e puseram a gata de botas para correr. O marido parou o carro e… cadê a mulher?

* Perguntei a uma amiga o que a deixava acesa para transar. De sopetão, ela respondeu: “Quando ele tira a mesa e lava os pratos. Se fizer isso só de boxer preta, ainda melhor…” Sacou o recado?

* Sobre a notória distração masculina… 1. Uma amiga fez um macarrão a jato, serviu nos pratos e pediu para ele pegar o queijo ralado na geladeira. Segundos depois, tinha coco ralado espalhado sobre a massa. 2. O filho de outra amiga estava com algum bichinho numa unha do pé direito. O pai passou uma semana aplicando uma espécie de ácido no esquerdo. A mãe teve de pedir ao médico outro remédio, desta vez cicatrizante… 3. Uma analista de marketing acertou detalhes da viagem a NY com o namorado. “Eu cuido de tudo e você, do mapa”. O que aconteceu? Ora de mãos abanando, ora carregando sacolas, ele só observava a namorada perguntar a um transeunte: “Quinta Avenida fica para qual lado, please?”

* Ok, também temos nossas falhas e loucuras, derivadas da rotina atribulada que levamos. Eu, por exemplo, já me confundi e mandei petisco de pimenta na lancheira do meu filho (veja que antes pimenta era castigo, agora a gente manda de lanche…). E, morrendo de pressa, comprei um macacão rosa para ele quando era bebê. (O preço estava ótimo! Mas esqueci que se convencionou que meninos jamais usam rosa. Só quando crescem).

Como dá para perceber, sou uma jornalista de boa memória e boas fontes, e também boa contadora de histórias. Se você quiser saber mais, convido a ler meu livro Mulheres de Sucesso Querem Poder… Amar (Editora Gente), que pode ser encomendado pelo site da Livraria Saraiva ou da Livraria Cultura.

Joyce Moysés é jornalista, palestrante, escritora e ghost writer de altos executivos, tem especialização em Gestão de Negócios pelo Insper-SP. É autora do livro Mulheres de Sucesso Querem Poder… Amar (Editora Gente). Foi editora-chefe das revistas Claudia, Claudia Noivas, Claudia Bebê e Nova/Cosmopolitan. Coordenou Prêmio Claudia 2012 e colaborou com outros títulos, como Você S/A.  Hoje, empreende em sua empresa de conteúdo, a 1ª Edição Setorial, que produz conteúdo para empresas e estudos setoriais para o jornal Valor Econômico. Joyce é ainda colunista convidada do blog Empreendedorismo Rosa, colaboradora de comportamento da AT Revista, que circula no jornal A Tribuna de Santos. E parceira do projeto de resgate da autoestima da mulher com câncer de mama De Peito Aberto.