SAÚDE – TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE CIÚMES

Hoje, abro espaço no blog para você poder tirar dúvidas sobre ciúmes. Fiz uma entrevista com a psicóloga Ana, da Mental Clean, que respondeu pontos importantes sobre o tema. Confira o esclarecedor bate-bola:

Que características tem o chamado ciúmes possessivo ou doentio? Quando ele se manifesta?

Primeiramente, cabe destacar o que é ciúmes: é o medo de perder a pessoa amada. Os comportamentos estão associados à ideia de manter o relacionamento. Os ciúmes são vistos comociumes algo transitório, específico e baseado em fatos reais.

Quanto ao indivíduo com ciúmes doentio ou patológico, a constante ameaça de uma possível traição é permanente. O medo pode ser encarado como algo desproporcional de perder o parceiro (a) para um (a) rival, desconfiança excessiva e infundada, causando um grande desconforto no relacionamento interpessoal.

As ideias são supervalorizadas e a pessoa se torna cada vez mais insegura e controladora, impedindo que o parceiro ou a parceira faça qualquer atividade sem a sua presença ou a sua “permissão”.

Várias emoções são experimentadas: ansiedade, depressão, raiva, vergonha, insegurança, humilhação, culpa e desejo de vingança.

Deve-se ainda levar em conta os fatores de predisposição emocional, como por exemplo, os sentimentos de inferioridade e insegurança, os transtornos psicológicos atuais ou anteriores, as experiências vividas de separação ou traição, traumas de relacionamento dos pais. Os fatores precipitantes também merecem atenção, como é o caso do estresse atual, das perdas, mudanças e comportamentos provocativos do cônjuge.

Por fim, é imprescindível que ocorra uma avaliação cuidadosa e global em cada caso em particular.

Como ficam as pessoas que tem ciúmes possessivo? isso é uma doença?

A pessoa com ciúme patológico é sensível, vulnerável e muito desconfiada, portadora de autoestima obsessao ex ciumemuito rebaixada, tendo como defesa um comportamento impulsivo, egoísta e agressivo.

Frequentemente, interroga seu parceiro ou parceira sobre os eventos que ocorreram em seu dia e sobre as supostas traições. As discussões e acusações são constantes e resultam, algumas vezes, em violência verbal e/ou física.

O ciúmes não é uma doença, mas pode se tornar exagerado ou ser sintoma de alguns transtornos, como transtorno obsessivo compulsivo, dependência química, demência, esquizofrenia, por exemplo. Neste caso, quando é reconhecimento como sintoma, entende-se que o ciúmes é patológico.

Quais são os tipos de ciúmes existentes? Como eles são destacados?
por trazer diversas possibilidades o universo virtual contribuiu muito para o aumento do numero de ciumentos e para o sentimento se tornar ainda mais penoso nota se que as pessoas

Segundo a literatura, existem três tipos de ciúme: normal, patológico e exagerado.

Ciúme normal: é um sentimento sadio e considerado como protetor, não causando sofrimento;

Ciúme patológico: é aquele que causa sofrimento, tanto na pessoa ciumenta, quanto na pessoa objeto do ciúme. Trata-se de um sentimento desproporcional causado, desencadeado e agravado por situações irreais, fantasiosas e, nos casos mais graves, delirantes;

Ciúme exagerado: é muitas vezes confundido com o ciúme patológico. No ciúme exagerado existe somente uma variação na quantidade do sentimento e não em sua qualidade. Também pode causar sofrimento, mas não obrigatoriamente. Normalmente, a pessoa ciumenta sofre mais impactos que a pessoa objeto do ciúme. Importante ressaltar que, na maioria das vezes, isto acontece com pessoas que possuam baixa autoestima, insegurança, depressão e/ou falta de autoconfiança.

Existe cura para o ciúmes? Quais são as formas de cura?

Na prática clínica, entende-se que há tratamento específico para amenizar o ciúme.

Tal tratamento se faz com a Psicoterapia e, para alguns casos, o Acompanhamento Psiquiátrico deve estar atrelado ao Processo.

O objetivo central é fortalecer o paciente quanto à sua autoestima e desentodo mundo sabe que sentir ciume e uma das sensacoes mais amargas da vida afinal quem e que nunca o experimentou em menor ou maior intensidade em um nivel muito alto porem o ciumevolver a autoconfiança.

Um dos pontos é auxiliar o paciente no levantamento de estratégias para reaprender a relacionar-se sem o controle e libertar-se da angústia da dúvida para experimentar o prazer de um relacionamento “saudável”, onde ambos possam compartilhar momentos de tranquilidade, sem ter que abrir mão de sua individualidade ao mesmo tempo.

Cabe destacar que, considerando o que foi exposto acima, a possibilidade de se obter um bom resultado no tratamento é grande.

Os casos graves considerados como patológicos são mais difíceis de serem tratados, devido à baixa adesão ao tratamento. Normalmente, o paciente não se reconhece como doente, uma vez que ele pode desempenhar muito bem as demais áreas da vida. Casos com este diagnóstico, entende-se que a Psicoterapia com o uso da Farmacologia, prescrita pelo médico especialista, podem ser ferramentas valiosas para a evolução do caso.

Espero que esse bate-papo, tenha dirimido dúvidas sobre esta questão tão profunda e difícil de entender. O intuito deste texto, foi ajudar quem sofre com este problema.

Até mais, Gigi

Matéria realizada com a Psicóloga Ana Barros da Mental Clean.

www.mentalclean.com.br