UM APROFUNDAMENTO SOBRE O CÂNCER – SAIBA O QUE É, ALGUNS TIPOS, COMO TRATAR, ETC…

De acordo com definição descrita pelo site www.cccancer.net, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 1000 doenças que tem em comum o crescimento desordenado das células que invadem os tecidos e os órgãos. Quando o crescimento celular é anormal, pode-se desenvolver um nódulo, massa ou tumor, que pode ser benigno (não canceroso) ou maligno (canceroso).

Poderíamos abordar a questão do câncer sobre várias óticas. Optei por trazer aqui, alguns tipos da doença e algumas formas de tratamento.Veja abaixo:

Câncer de cólon – O que é?
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No câncer colorretal, as células normais do epitélio do cólon ou do reto começam a se modificar, crescer sem controle e deixam de morrer. O crescimento celular pode começar como um pólo não canceroso, que pode se tornar maligno com o passar do tempo.

Incidência

O câncer colorretal é a terceira causa mais comum de câncer no mundo, em ambos os sexos e a segunda causa mais comum de câncer nos países desenvolvidos.

Tratamento

O tratamento do câncer colorretal depende do tamanho e da localização do tumor, se o tumor se disseminou para outros locais do organismo e também do estado geral de saúde da pessoa.

O câncer de cólon é frequentemente tratado de forma diferente do câncer de reto. Para o tumor que se encontra localizado, em geral a cirurgia corresponde ao tratamento inicial. Um tratamento adicional pode ser indicado para diminuir o risco do câncer retornar e/ou tratar o câncer metastático. Pode incluir quimioterapia, radioterapia, tratamento alvo-dirigido (tratamento dirigido a genes ou proteínas defeituosas que contribuem para o desenvolvimento do tumor) e cirurgia para a remoção de metástases (tumores que se espalharam para além do cólon e do reto).

Os efeitos colaterais do tratamento do câncer colorretal podem ser prevenidos ou controlados com a ajuda de  oncologista e de sua equipe de tratamento.

Câncer de estômago – O que é?
Cancer de Estomago

O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras áreas do corpo, como fígado, pâncreas, intestino, pulmões e ouvidos. O câncer gástrico pode ser classificado de acordo com o tipo de célula que originou o tumor. A maior parte dos casos (95%) tem origem na mucosa estomacal e recebe o nome de adenocarcinoma. Os demais são linfomas, sarcomas e outras variedades mais raras.

Incidência

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de estômago configura-se como o quarto mais comum. Em termos de mortalidade, corresponde à segunda maior ocorrência de óbitos por câncer. No Brasil, esses valores representam um risco estimado de 15 casos novos a cada 100 mil homens e 8 a cada 100 mil mulheres. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago tem mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em homens  volta dos 50 anos.

Tratamento

O tratamento do câncer de estômago depende do tamanho e da localização do tumor, se a doença se disseminou além do estômago e do estado geral da pessoa. O câncer de estômago pode ser tratado com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

Frequentemente uma combinação de tratamentos é utilizada. A cirurgia é a principal alternativa terapêutica. A cirurgia de resseção (gastrectomia) de parte ou de todo o estômago, associada à retirada de linfonodos, permite ao paciente um alívio dos sintomas e representa sua maior chance de resposta ao tratamento além de aumentar as chances de cura.

Em estágios iniciais (0 e1) quando o tumor ainda está confinado dentro do estômago, o tratamento consiste em cirurgia para remover a parte afetada do órgão e os linfonodos da região. Se o tumor se espalhou para a parede externa do órgão ou para mais de três linfonodos (estágio II), poderá ser empregada cirurgia e mais quimioterapia e\ou radioterapia. Mesmo em estágios mais avançados, quando o tumor se espalhou para outras áreas do corpo, o tratamento pode incluir a cirurgia, associada à quimioterapia para evitar complicações, como o sangramento digestivo, e aumentar a qualidade de vida e sobrevida do paciente.

Linfoma não Hodgkin – O que é?

Linfoma não Hodgkin é uma neoplasia do sistema linfático, na qual as células linfáticas começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e formando tumores. O linfoma não Hodgkin pode ser indolente (de crescimento lento), agressivo (de crescimento rápido) ou possuir características de ambos os tipos. O linfoma de células B é o tipo mais comum e o linfoma de células T, o tipo menos comum. Devido à existência de vários tipos e subtipos de linfoma, é muito importante saber o diagnóstico correto.

Incidência

A incidência do linfoma não Hodgkin aumenta progressivamente com a idade. Em torno de quatro casos /100 mil indivíduos ocorrem na faixa dos 20 anos. A taxa de incidência aumenta até dez vezes, passando para 40 casos/100 mil indivíduos com 60 anos, e mais de vinte vezes, chegando a 80 casos /100 mil indivíduos após 75 anos.

Tratamento

O tratamento depende do tipo do linfoma, do estágio e do estado de saúde geral do paciente. Em pacientes idosos, com linfoma indolente e sem qualquer sintoma da doença, pode ser indicado um seguimento rigoroso sem que seja iniciado tratamento imediato, salvo em progressão da doença e início de sintomas.

A quimioterapia é, na maioria das vezes, o tratamento primário. A radioterapia pode algumas vezes ser empregada após ou durante a quimioterapia em pacientes com doença em estágio inicial ou que apresentem linfonodos muito aumentados. Um anticorpo monoclonal (Rituximab) é empregado no tratamento de muitos linfomas não Hodgkin CE células B e, em conjunto com a quimioterapia, representa um dos grandes avanços no tratamento. Em alguns pacientes, utiliza-se a quimioterapia em altas doses, com resgate de células-tronco, também chamada Transplante Autólogo de Medula Óssea.

Os efeitos colaterais do tratamento podem ser prevenidos ou manejados por seu oncologista, com a ajuda de sua equipe médica.

Câncer de mama – O Que é?
bem estar mitos cancer de mama

No câncer de mama as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e deixando de morrer, formando uma massa de células chamada tumor. A mama é composta principalmente por tecido gorduroso. Dentro dele, uma rede de lobos, formados por pequenos lóbulos, abriga as glândulas produtoras de leite. Pequenos ductos as ligam aos lóbulos e lobos para levarem o leite ao mamilo, localizado no centro da auréola. Perto de 90% dos tumores de mama ocorrem nos ductos ou lobos.

Incidência

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Nos homens, a incidência da doença é pequena, não chega a representar nem 1% dos casos. A cada ano, cerca de 22% das novas ocorrências de câncer em mulheres são de mama.

As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência, ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. Estudos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirmam que no Brasil, o número de novos casos de câncer de mama esperados em 2008 é de 49.400. Mundialmente, uma em cada oito mulheres irá apresentar um câncer de mama.

 Tratamento

Nem todos os cânceres de mama são iguais, existindo mais de um tipo. O primeiro passo no tratamento é a realização da biópsia da lesão descoberta na mama para diagnóstico. Os fatores que serão considerados no tratamento incluem:

o estágio e o grau tumoral (que significa o quão diferente as células tumorais são quando comparadas com as células normais);

o status dos receptores hormonais – receptor de estrógeno (RE) e receptor de progesterona (RP);

o status para o receptor-2 para o fator de crescimento epidérmico(HER-2);

a descrição genética do tumor, a presença de mutações nos genes para o câncer de mama;

a idade da paciente, seu estado geral de saúde e se está ou não na menopausa.

Para o câncer localizado na mama, a cirurgia para remover o tumor é frequentemente o primeiro tratamento. Hoje as cirurgias são cada vez menores, preservando-se a estética da mama. Tratamentos adicionais podem ser empregados para diminuir o risco do câncer retornar (recidiva). Podem e na maioria dos casos são utilizados a radioterapia, quimioterapia, terapia alvo-direcionada, e/ou hormonoterapia.

Como se pode perceber, existem muitos tipos de câncer. Cada um com sua característica, descrição e tipos de tratamento. Só para citar mais alguns: mieloma múltiplo, câncer de pele, câncer de próstata, câncer de pulmão, câncer na bexiga, entre outros.

Se você quer saber como se prevenir, não tenha dúvidas, procure um médico especialista. Certamente a ajuda de um profissional da área será melhor do que qualquer dica. Procure-o e boa sorte.

Até mais, Gabriel Ábalos

Fonte: www.cccancer.net (texto adaptado para este blog)